Você já sentiu um cheiro ruim vindo da boca do seu cachorro e ficou na dúvida se aquilo era normal? Ou talvez tenha notado os dentes mais amarelados e achado que era apenas “coisa da idade”? A verdade é que muitos tutores não sabem como identificar o tártaro em cachorro, e por isso só percebem o problema quando ele já está causando dor ou inflamação.
Neste artigo, você vai aprender como saber se seu cachorro está com tártaro, quais os sinais que exigem atenção imediata, como diferenciar tártaro leve e avançado, o que fazer e, principalmente, como evitar que isso volte a acontecer.
O que é tártaro e por que ele é tão perigoso?
O tártaro é o resultado da placa bacteriana que se acumula nos dentes e endurece com o tempo, formando uma crosta amarelada ou marrom. Ele costuma se instalar principalmente na base dos dentes, bem próximo à gengiva. Além de causar mau hálito, o tártaro pode desencadear gengivite, retração gengival, dor ao mastigar e até perda dos dentes.
E mais: as bactérias presentes no tártaro podem cair na corrente sanguínea e atingir órgãos vitais como o coração, fígado e rins. Ou seja, o tártaro não é só um problema estético — ele representa um risco real à saúde do seu cão.
Quais os sinais de que meu cachorro está com tártaro?
A seguir, veja os principais sintomas que indicam a presença de tártaro. Se o seu cão apresenta dois ou mais desses sinais, é importante buscar orientação veterinária.
1. Mau hálito constante
O famoso “bafo de cachorro” pode não ser normal. Se o cheiro está forte e persistente, mesmo após banho ou troca de ração, é sinal de acúmulo bacteriano.
2. Dentes amarelados ou marrons
Observe os dentes de trás, especialmente os molares. Se houver uma camada escura e dura próxima à gengiva, é provável que seja tártaro mineralizado.
3. Gengiva vermelha ou retraída
A inflamação na gengiva é um dos primeiros sinais de gengivite. Pode haver também sangramento ao mastigar brinquedos duros ou alimentos secos.
4. Salivação excessiva
Se o cão está babando mais que o normal, pode ser um reflexo da dor ou desconforto ao mastigar.
5. Dificuldade para mastigar ração
Alguns cães param de comer ração seca e preferem alimentos macios. Isso pode indicar dor causada pelo tártaro ou gengiva inflamada.
6. Mudança de comportamento
Se o seu cachorro está mais irritado, quieto ou evita que você toque na boca dele, é sinal de que algo está incomodando.
O tártaro em cachorro é normal com a idade?
É comum, mas não é normal. Com o passar dos anos, o acúmulo de placa e a formação de tártaro aumentam — especialmente se não houver escovação frequente ou uso de petiscos funcionais.
No entanto, não é porque o cão está envelhecendo que você deve aceitar o mau hálito ou os dentes sujos como algo inevitável. Com os cuidados certos, é possível manter a boca limpa até a terceira idade.
Como saber se o tártaro do meu cachorro é leve ou grave?
Você pode observar alguns sinais em casa, mas a avaliação profissional é essencial para entender o nível de comprometimento. Veja abaixo como diferenciar os estágios:
Tártaro leve
No estágio inicial, o tártaro aparece como manchas amareladas ou marrons próximas à gengiva, geralmente sem inflamação visível. O mau hálito está presente, mas é moderado.
Nesse ponto, a escovação e mudanças na rotina alimentar ainda podem ajudar bastante, junto a petiscos funcionais e brinquedos específicos.
Tártaro moderado a avançado
Já nos casos moderados, o acúmulo é mais evidente, a gengiva pode estar inflamada, retraída ou até com sangramento leve. O cão começa a mostrar desconforto ao mastigar e pode evitar brinquedos duros.
Se houver dor, salivação excessiva ou dentes frouxos, é sinal de tártaro avançado — e isso requer limpeza odontológica sob anestesia, realizada por um veterinário.
Se tiver dúvidas, use uma lanterna e olhe a parte de trás dos dentes do seu cachorro. Mas lembre-se: o diagnóstico completo só pode ser feito por um profissional.

O que fazer se meu cachorro estiver com tártaro?
Se você suspeita ou já percebe sinais claros, não espere o problema piorar. Veja o que pode (e deve) ser feito:
1. Leve ao veterinário
O profissional vai avaliar a gravidade, indicar exames (se necessário) e, em casos mais avançados, recomendar uma limpeza sob anestesia. Não tente remover o tártaro com objetos ou produtos humanos — isso pode ferir seu cão.
2. Adapte a rotina em casa
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Comece a escovar os dentes com escova e pasta veterinária
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Introduza brinquedos que estimulem mastigação e atrito dentário
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Use petiscos dentais ou alimentos naturais firmes, como cenoura crua (já falamos disso aqui!)
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Ofereça ração seca ou específica para saúde oral, se o veterinário indicar
3. Mantenha uma frequência de cuidados
A limpeza profissional não deve ser feita muitas vezes ao longo da vida — por isso, o melhor tratamento ainda é a prevenção. Com uma rotina simples e acessível, você evita que o problema volte a se repetir.
Como prevenir o tártaro no dia a dia?
A melhor forma de evitar que seu cão sofra com tártaro é incluir pequenos hábitos no dia a dia:
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Escove os dentes de 2 a 3 vezes por semana com produtos próprios;
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Ofereça petiscos naturais com textura firme (maçã, cenoura, snacks dentais);
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Use brinquedos mastigáveis (cordas, borracha com ranhuras, ossos vegetais);
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Evite oferecer alimentos úmidos em excesso;
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Faça check-ups orais pelo menos uma vez por ano.
Agora que você já viu como identificar o tártaro no seu cachorro, quais são os sinais de alerta e os riscos de ignorar esse problema, não vale a pena esperar a situação piorar.
Observe a boca do seu cão ainda hoje. Repare no hálito, na cor dos dentes, na gengiva. Se algo estiver fora do normal, marque uma avaliação com o veterinário.
E mesmo que esteja tudo bem por enquanto, aproveite para começar uma rotina de prevenção. Pequenos cuidados semanais fazem toda a diferença para a saúde e o bem-estar do seu pet a longo prazo.
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